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Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)
Migração, refúgio, asilo. O crescimento destes três fenômenos, em geral ligados a questões como desastres ambientais, guerras e conflitos internos, foi o tema dos Seminários Avançados que o Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) que debateu nesta quarta-feira (29/5), . Embora planejado desde o início do ano, Migração, refúgio e saúde: políticas globais e nacionais aconteceu em um momento extremamente oportuno, quando o Brasil volta os olhos para o drama das enchentes vivido no Rio Grande do Sul com milhares de pessoas desalojadas. O webinário tem tradução simultânea para português, inglês e espanhol.
Para discutir a questão e seu impacto sobre a saúde, o Cris/Fiocruz buscou um time que pudesse abordá-la tanto em nível nacional, quanto regional e global. Assistente de Reassentamento e Vias Complementares da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Andrea Zamur falará sobre os Avanços do pacto global sobre refugiados. Já o chefe do Programa de Saúde Global Acadêmico da Escola de Saúde Pública da Universidade do Chile, Alex Alarcón, tratará do tema A Declaração de Cartagena sobre refugiados: 40 anos e o futuro plano de ação.
Para trazer o tema mais para a região, o consultor para Emergências de Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Celso Bambaren, falará sobre Saúde e migração nas Américas. Coordenadora de projetos da Agência da ONU para as Migrações (OIM), Debora Castiglione abordará o tema Mobilidade humana: mudança climática, desastres e degradação ambiental na América do Sul.
O seminário foi a mediação e introdução do assessor da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (Aisa) do Ministério da Saúde (MS) e coordenador do Grupo Migração, Refúgio e Saúde do Cris/Fiocruz, Rafael França. Ele falará ainda sobre a Política nacional de saúde dos migrantes, refugiados e apátridas do Brasil. Doutor em Ciências e integrante do Programa de Saúde e Sustentabilidade, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), James Martins será o debatedor.
“O seminário desta semana tem grande importância por duas razões. A primeira é que migração e refugiados são temas que vêm adquirindo crescente importância no mundo da política global, e também na política da saúde global, por seu aumento não só por questões militares, mas também ambientais”, destaca o coordenador do Cris/Fiocruz, Paulo Buss, ressaltando que há os refugiados que se deslocam devido a crises; os que migram, em situações não tão urgentes; e os que buscam asilo. “Vemos claramente agora no Brasil os refugiados climáticos. Quando marcamos este seminário, não tínhamos noção de que o momento seria tão oportuno”.
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