Goiás recebe imigrantes de diversas partes do mundo, principalmente do Haiti e Venezuela | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Goiás recebeu cerca de 1,8 mil migrantes internacionais entre janeiro e setembro deste ano. Os dados são Sistema de Registro Nacional Migratório (SISMIGRA), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que registra a entrada de estrangeiros no país. Segundo os dados, Goiás recebeu, no total, 1.823 migrantes nos 9 primeiros meses deste ano.
Segundo dados, havia 1.569.217 de estrangeiros registrados no Brasil em dezembro de 2022. O estado que mais possui imigrantes é São Paulo, com 37,9% do total do país. O Rio de Janeiro (11,1%) e Roraima (8,4%) completam o top 3 de registros de estrangeiros.
Ainda de acordo com o SISMIGRA, Goiás é o 14º estado em que mais há registro de imigrantes, o que representa 1,1% de todos os estrangeiros com registro no Brasil em 2022. Estudo do Instituto Mauro Borges (IMB), datado de 2023, aponta que Goiás tem, entre seus moradores, 17.179 migrantes, o que representa 1,1% dos migrantes do país.
Em 2022, a maioria dos migrantes em Goiás eram venezuelanos, 22,8% ou 3.914 em números absolutos. O número pode ter crescido com a migração de 741 pessoas provenientes da Venezuela a Goiás neste ano. Por conta da ausência de dados oficiais, que devem ser reunidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2022, não é possível precisar o número exato de pessoas nesta condição no Estado.
O IMB afirma, ainda, que Goiás possuía 2.143 haitianos no Estado em 2022. O ranking é seguido por Portugal (1.585); Estados Unidos (1.071); Colômbia (934) e Espanha (830). Dos 17 mil migrantes, 79,1% são residentes de Goiás e 17,7% estavam no estado de forma temporária.
Entre 2018 e 2022, 39,1% de todos os estrangeiros registrados em Goiás vieram da Venezuela. Outros dois países que se destacaram são o Haiti, com 19,3% e a Colômbia, com 12,1%. O distante quarto lugar foi ocupado pelos Estados Unidos, com 2,3% de participação. A Venezuela ainda figura por ter o maior número de registros de entradas no Estado.
No período, a faixa etária com maior participação é a compreendida entre os 25 e 40 anos, com 3.126 ocorrências, seguida pela faixa entre 15 e 25 anos, com 2.079 casos e a faixa entre os 40 e 65 anos, com frequência de 1.431.
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